A contribuição de jogadores estrangeiros no desenvolvimento do futebol japonês
O impacto positivo e desafiador que jogadores estrangeiros tem no futebol japonês e como essa influência se estende para além das quatro linhas
O futebol é um esporte que transcende fronteiras e culturas, e o Japão não é uma exceção a essa regra. Nas últimas décadas, o futebol japonês tem experimentado um aumento notável na influência de jogadores estrangeiros. Essa contribuição de atletas de diversas nacionalidades tem impactado significativamente o esporte e a sociedade japonesa como um todo. Neste texto irei mostrar o impacto positivo e desafiador que jogadores estrangeiros tem no futebol japonês e como essa influência se estende para além das quatro linhas.
Os jogadores de fora do Japão trazem consigo habilidades e estratégias que enriquecem o futebol japonês. Eles introduzem novas perspectivas táticas, estratégias e estilos de jogo que podem ajudar a elevar o nível de competição. Além disso, a experiência e a competitividade dos jogadores estrangeiros incentivam os atletas locais a se esforçarem mais e a se desenvolverem em um ambiente mais competitivo.
A presença de jogadores estrangeiros nos clubes japoneses também pode ser benéfica para o desenvolvimento da juventude. A oportunidade de treinar e competir ao lado desses jogadores de alto nível pode inspirar jovens japoneses a seguirem carreiras no futebol e proporcionar a eles uma educação futebolística mais rica. Isso ajuda a nutrir talentos locais e elevar o nível geral do esporte no país.
O fato de jogadores estrangeiros estarem jogando em times japoneses pode atrair fãs de diferentes partes do mundo, aumentando o interesse internacional pelo futebol japonês. Posso dar o meu caso de exemplo: comecei a acompanhar o futebol nipônico por conta da transferência entre Inter e Kawasaki Frontale. Transferência que envolveu Leandro Damião, jogador histórico tanto no clube gaúcho quanto no clube que teve inspiração no maior rival do colorado. E essa presença pode ter um impacto positivo nas receitas dos clubes e na indústria do entretenimento esportivo, além de melhorar a imagem do país no cenário global.
Camisas do Inter e do Kawasaki Frontale de minha coleção pessoal
No entanto, a integração de jogadores estrangeiros nem sempre é livre de desafios. Questões como barreiras linguísticas, adaptação cultural e diferenças no estilo de vida podem criar obstáculos para aqueles que mudam de país. Além disso, alguns críticos argumentam que a presença excessiva de estrangeiros em equipes japonesas pode dificultar o desenvolvimento de talentos locais.
Temos no ano de 2023 um total de jogadores com 26 nacionalidades, contando o Japão, disputando o a J1 League. São 43 brasileiros (49,4 %), 14 sul-coreanos (16,1 %), holandeses e australianos são 6, 3 para cada país ( 3,4 % cada), dois dinamarqueses, dois tailandeses, e dois noruegueses (2,3 % para cada um) fecham a lista dos países com mais de 1 jogador. E são 18 países com apenas 1 jogador disputando a competição (1,1 % para cada um dos 18).
Agora especificamente falando dos nossos conterrâneos, temos 43 brasileiros (o maior número entre os estrangeiros) desfilando seu futebol na terra do sol nascente. Nomes como Lincoln, Diego Pituca e Anderson Lopes vem defendendo as cores de suas equipes, levando a bandeira do Brasil para o outro lado do mundo. Com habilidades técnicas impressionantes e uma capacidade incrível de adaptação, esses jogadores têm sido fundamentais para seus clubes, com destaque para o já citado Leandro Damião, artilheiro da competição em 2021 com 23 gols. A presença de jogadores brasileiros no Japão não apenas enriquece a qualidade do futebol local, mas também fortalece os laços entre as duas nações.
Iniesta e Damião no pré jogo do confronto entre Vissel Kobe e Kawasaki Frontale
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